quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Adelos

Logo de cara, preciso me desculpar pela extensão desta postagem, mas precisamos falar sobre o Centro do Rio de Janeiro. Vários cariocas e alguns turistas se esquecem dessa parte de nossa cidade e perdem a oportunidade de conhecer a história do Rio e do Brasil. Muitos só vão lá com o objetivo de comprar produtos mais em conta e outros tantos trabalham naquela região. Só peço uma coisa quando vocês forem trabalhar ou gastar dinheiro por ali: olhem para cima. Vejam que lindas são as construções antigas ali presentes, que se mesclam com edifícios modernos. Façam como fariam se estivessem em uma cidade desconhecida. 


Se você veio ao Rio a passeio não esqueça que a cidade é muito mais do que praia, Pão de Açúcar e Cristo Redentor! 

Cada esquina ali surpreende nos detalhes e na grandiosidade de tudo. Tenham o olhar de turista e prestem atenção nas preciosidades que o Centro do Rio de Janeiro possui. Parte da história do país está ali e já não deveria ser verdade aquela máxima que diz que brasileiro não tem memória. 



Foi em um sábado chuvoso, passeando por um Centro vazio, que conheci o Adelos. Localizado na Rua do Mercado, em um casarão construído em 1893, o restaurante possui um grande salão além de mesas do lado de fora. O piso de ladrilho hidráulico e os arcos e janelas compõem um cenário charmosíssimo para almoçar ou beliscar umas gostosuras.




A ideia inicial era comer um prato, mas, quando vimos o garçom passando com espetos, resolvemos começar pelo pão de alho (R$3,70) e pela linguiça de pernil (R$4,00). Há também a opção de linguiça de frango (R$4,00). Não é à toa que são chamados de "Boas Vindas" no farto cardápio do Adelos. Quentinhos. Saborosos. Deliciosos. Ótima primeira impressão. 

 

É no cardápio que encontramos um pouco da história do lugar: "O Beco dos Adelos, no tempo do Brasil Colônia, era um ponto de concentração dos vendedores de roupas usadas e outras mercadorias de segunda mão - os adelos, na linguagem clássica portuguesa. Situado entre as ruas do Mercado e Visconde de Itaboraí, o Beco dos Adelos, desde 1783, passou a ser denominado Travessa do Tinoco." Não é incrível? 

Incrível também é a variedade de opções de comidinhas para os clientes escolherem: galetos, carnes, peixes, saladas e sobremesas. Reparem como são simpáticos os títulos que separam as categorias de comida.


Repararam que sábado é dia de feijoada? Ainda conto outra: sábado é dia de roda de chorinho no Adelos. O grupo Beliscando se apresenta a partir de 13 horas e vai até às 17 horas. Detalhe: não existe couvert artístico, apenas passam o chapéu e você contribui se puder e quiser. A música é super agradável, no volume certo para as pessoas conversarem sem esforço. 

Voltemos às comidas. Desistimos de comer um prato, apesar de parecerem apetitosos, quando vimos as opções de beliscos, principalmente os bolinhos.


Adoro bolinho de feijoada e como ele pode variar de acordo com o lugar em que é feito. Dizem que existe o original, mas ainda não provei. Pedimos, portanto, o Trio Adelos (R$ 30,00): 2 bolinhos de bacalhau, 2 bolinhos de feijoada e 2 bolinhos de costela arretada, que é costela com requeijão. Entretanto, a palavra bolinho é apenas uma convenção, uma maneira delicada de chamá-los, pois de "inho" eles não têm nada!

Costela Arretada, Feijoada e Bacalhau

Reparem como são bem sequinhos. Não brilham, não são gordurosos e têm uma casquinha crocante. Acho que as fotos dizem mais do que qualquer coisa que eu escreva, mas tentarei  descrever um pouquinho.

Comecemos com o de costela.

Cremosíssimo. Bem recheado e leve. Uma delícia. Casquinha muito crocante.

E o de bacalhau?


É bacalhau mesmo! Não é bolinho de batata com o bacalhau passando lá longe. Dos três é o menor, mas nem por isso é pequeno. Maravilhoso. Bolinho de bacalhau sem enrolação.

Agora o de feijoada.


Gostoso, mas esperava mais. Achei o recheio um pouco massudo. Já comi melhores, mas a casquinha é ótima. Acho que poderia ter mais linguiça e a couve ser picadinha. Não é ruim, mas não achei ótimo. 

Além da variedade de comida, o Adelos conta com uma extensa carta de cervejas especiais que se juntam às cervejas mais conhecidas, às cachaças, às batidas, às caipivodkas, aos vinhos e às caipirinhas. Uma pena fechar às 17 horas. 

   
Entretanto, mesmo com todas as opções de cerveja, resolvemos optar por uma caipivodka de limão com caju (16,50) e uma batida de gengibre (R$9,80). Não resisto à palavra caju na descrição de uma caipivodka. 

Achei as duas, ao primeiro gole, um pouco fortes, mas, à medida que o gelo vai derretendo, elas ficam mais gostosas. A mistura de caju com limão é sensacional. A de gengibre é bem diferente de qualquer batida que eu tenha experimentado. Se você pensa em leite condensado quando pensa em batida, esqueça. Se tem leite condensado nessa, eu não senti. É diferente de um jeito interessante. Gostei.  

Para acompanhar nossas bebidas e fechar a tarde com chave de ouro, escolhemos o pastel de provolone com cebola (R$6,20). Ter comido o pão com linguiça e mais os três bolinhos já me deixou bastante satisfeita, mas confesso que estava de olho nesse pastel desde o primeiro momento em que li o cardápio.



Ma-ra-vi-lho-so! Super recheado, com uma massa bem sequinha e crocante. Reparem na foto como não há um pingo de gordura. Fácil de comer, pois não fica recheio escorrendo e queimando sua mão. Amei! Há muito tempo não comia um pastel tão bom.   


Eu me esqueci de um detalhe do Adelos: o atendimento. São muitos garçons, assim, mesmo com um grande número de mesas, fomos muito bem atendidos. Todos educados e gentis, apesar de termos mudado de lugar algumas vezes por causa da chuva que ia e voltava. 

Certamente o Centro do Rio de Janeiro reserva outras muitas surpresas em suas ruas históricas. Vale um passeio  atento e curioso, afinal, é a nossa história. 


OBS: Houve um acidente na cozinha do Adelos e, infelizmente, o restaurante deve ficar fechado por alguns meses.

Adelos: Rua do Mercado, 51 - Centro, Rio de Janeiro

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Papa Gui

Os almoços de domingo com minha mãe e minha avó costumam não fugir do usual. Não gosto de arriscar, pois minha avó tem preferência por determinados restaurantes e teme novidades. Minha mãe topa tudo. Entretanto, houve um domingo diferente. Fomos ao Shopping da Gávea e eu já imaginava onde comeríamos, todavia, passando pela porta de um simpático restaurante, fomos conquistadas por toalhas verdes quadriculadas e pelo cardápio cordialmente entregue pela moça da porta. 

Era dia do Festival de Risotos do Papa Gui, mas o cardápio é tão farto que nos conquistou. Minha avó sabia que queria carne, minha mãe e eu ainda não tínhamos a menor ideia do que escolher dentre tantas opções. Passei pelos risotos, pelas massas, pizzas, galetos e pela opção de escolher um grelhado e até dois acompanhamentos ou uma massa. Barriga roncando, boca aguando, decidimos começar pela entrada de Pizza Branca (R$15,50).

Salgadinha, crocante e muito gostosa, a entrada criou boas expectativas. Há outras opções de entrada que parecem deliciosas, mas, como vimos os tamanhos dos pratos que eram servidos aos outros clientes, decidimos não exagerar no começo. Certamente voltarei para comer os bolinhos de risoto com gorgonzola. 


Enquanto comíamos nossa Pizza Branca, finalmente decidimos os pratos principais. Eu optei pelo Tornedor ao Brie: Mignon com fatia de queijo Brie grelhado servido com risoto de alho poró (R$59,00). Minha avó e minha mãe escolheram a mesma carne que eu, mas como acompanhamentos optaram por batata rosti e farofa de ovos (R$59,00). Eu pedi minha carne ao ponto da casa e elas bem passada. 

Uma das coisas mais irritantes na vida é, para mim, a expectativa pela chegada do prato. Ninguém em volta estava comendo carne. Todas as mesas que nos cercavam optaram por risoto ou massa e pareciam bastante satisfeitas com suas escolhas, não tínhamos, portanto, a menor ideia do que nos aguardava. Entretanto, rapidamente nossa comida chegou. 


Minha carne estava deliciosa. O ponto da casa é um pouco para mal passado, mas eu gosto assim. Tudo bem quente e muito bem temperado. O risoto vem com um punhado de alho poró frito que dá uma crocância especial ao prato. A união do Brie com o gordo pedaço do mignon é uma combinação sensacional, que ainda testarei em casa. Além disso, o molhinho que vem em volta dá um toque oriental a um prato totalmente harmonioso e muito, muito saboroso. 

Minhas amadas acompanhantes também adoraram seus pratos. Claro que experimentei e adorei a batata rosti. Uma batata diferente, que, assim como o molho, tinha um charme oriental muito gostoso. Elas ficaram satisfeitíssimas com o ponto da carne. Tudo certo e delicioso.


Ainda estou aprendendo a tirar fotos de comida e talvez não pareça, mas os pratos são muito bem servidos e ficamos muito satisfeitas não apenas com o sabor, mas com a quantidade. Entretanto, somos três formigas e imaginamos que, como tudo estava tão gostoso até aqui, a sobremesa seria divina. 

Minha avó escolheu a Cocada Mole (R$11,90). Gostoso. Nada muito especial ou inesquecível. Confesso que esperava mais. Não é ruim, mas não é nada demais.   


Minha mãe pediu Sorvete de Queijo com Calda de Goiabada (R$23,50). Muito interessante. O sorvete vem com pedacinhos de queijo e combina perfeitamente com a calda de goiabada. Só achei muito caro para o que é. Segundo um dos garçons, essa é a sobremesa que mais sai no restaurante. 


Eu optei pelo clássico: Petit Gateau com Sorvete de Creme (R$21,50). Já comi melhores. O petit gateau não derramou aquela calda quente de chocolate que deveria sair de seu interior quando o cortamos com a colher. Também achei muito caro e nada de especial. Reparem na foto como ele não é mole por dentro. Parece um gostoso bolinho de chocolate. Não é ruim, mas não é delicioso. 


Saímos do Papa Gui satisfeitíssimas com o almoço, embora um pouco decepcionadas com as sobremesas. Fomos muitíssimo bem atendidas e certamente voltaremos. Já estamos até pensando o que comeremos da próxima vez. De vez em quando é bom fugirmos do usual e experimentarmos novos sabores. 


Papa Gui: Shopping da Gávea loja, 143 - Gávea. Rio de Janeiro. 

domingo, 13 de setembro de 2015

Pub Escondido

A primeira vez que estive no Pub Escondido, em Copacabana, foi no Ipa Day com meu noivo e duas amigas. Não fazia a menor ideia do que se tratava, mas soubemos que teriam cervejas diferentes e resolvemos arriscar, pois já havíamos ouvido falar do lugar e estávamos bem curiosos para conhecer. Lotado! Fila na porta, sem mesa, mas entramos no clima. Nosso objetivo naquela noite foi experimentar variados tipos de cervejas, entretanto, não resisti quando li a descrição da Power Potato (R$30,00): batata rústica puxada no barbecue picante caseiro, queijo cheddar derretido, bacon crocante, ovo salpicado com gergelim e cebolinha. Acho que uma batatinha sempre cai bem com cerveja. Pedi e não me arrependi. Fomos embora pensando na Power Potato e já programando o que comeríamos da próxima vez, afinal, algumas pessoas, das tantas que nos rodeavam no Ipa Day, pediram hambúrgueres que pareciam muito apetitosos. 

É preciso falar que, apesar do nome, o Pub Escondido não tem muita cara de pub. Pelo menos não nos meus moldes. Parece um restaurante, com um toque industrial que dá uma cara moderna. É bonito, mas não acho que seja um pub. 



A foto não foi tirada no Ipa Day, um dia atípico em que era bem complicado arranjar uma mesa. Voltamos em uma terça-feira com a desculpa de levar o primo que mora em outra cidade. Era outro lugar. Tranquilo, com atendimento eficiente e simpático. Uma das grandes vantagens do Pub Escondido é o cartão que cada cliente recebe na entrada. Assim, se você quiser ir com um monte de gente, ninguém vai sofrer para dividir a conta ou arcar com prejuízos daqueles 10% que alguém insiste em esquecer de pagar. Agora, não vá achando que será baratinho tomar um chope e beliscar um dos vários aperitivos. O Pub Escondio conta com uma variedade enorme de chopes (mais de 20 tipos), mas nenhum sai por menos de R$9,90. Os aperitivos são os mais variados. Escolhemos, novamente, a Power Potato para começarmos bem o jantar.


É muito gostoso. Se você gosta de Doritos, você vai amar essa batata. Ela tem cheiro de Doritos, o gosto lembra o do Doritos, mas é ainda melhor. Quanto mais você come, mais gostosa fica, pois o molho está concentrado no centro. O ovo parece um pouco perdido, mas não é ruim. Eu não acho que ele faria falta se viessem apenas as batatas, mas não compromete o aperitivo. Nós éramos quatro pessoas e em poucos minutos a batata desapareceu.

Decidimos passar para o prato principal: hambúrguer! Todos nós optamos pelo Escondido Cheddarbacon (R$35,00): pão especial, 200g de burguer bovino de Angus, bacon, queijo cheddar, cebola rocha caramelizada no shoyu, alface americana e tomate caqui grelhado. Acompanha Caesar Salad ou French Fries e um molho de sua preferência. A French Fries é a bata frita rústica. Entretanto, por mais R$2,00, o acompanhamento pode ser trocado por IPA Fries (batata marinada na cerveja por 7 horas) ou por anéis de cebola. São mais de cinco opções de molho, mas todos optamos pelo clássico barbecue. 


Eu escolhi as batatas fritas tradicionais e não me arrependi. Aparentemente parece que vem pouca batata, mas elas são gordinhas e muito bem feitas. Crocantes por fora e macias por dentro. Deliciosas. O hambúrguer é realmente muito gostoso. A carne muito macia, o cheddar não é enjoativo e o bacon crocante. Ainda vem um pedacinho de picles que eu adoro! Infelizmente, não consegui comer meu hambúrguer com as mãos, pois o pão é um pouco gordinho, mas, mesmo de garfo e faca, foi possível saborear todas as camadas ao mesmo tempo. Dos males o menor. O pão é gostoso, nada de muito especial.  

Meu noivo pediu com IPA Fries. Eu gostei mais da minha, pois achei o gosto de cerveja bem marcante, mas é gostosa. As batatas dele vieram um pouco mais finas, mas tão bem feitas quanto as minhas. 

  
Preciso falar um pouco mais sobre a carne. Como de costume, pedi ao ponto da casa e gostei muito. Se você já comeu hambúrguer de Angus no Mc Donald´s e acha que é maravilhoso, esqueça. Não tem nem como comparar com a do Pub Escondido. Muito macia e saborosa, a carne desmancha na boca. Uma delícia. 

Estávamos satisfeitíssimos com nosso jantar, mas, com a desculpa de escrever este blog, fui obrigada a comer a sobremesa. A sorte é que tinha um cúmplice para dividir comigo. Mas como resistir a doce de banana da terra com catupiry gratinado (R$12,90)? 

 

A sobremesa chega quentinha e é simplesmente ma-ra-vi-lho-sa. O catupiry casa perfeitamente com o doce de banana. Não sei se será uma sobremesa fácil de encontrar, pois fazia parte do cardápio especial da semana, mas eu recomendo com muita força. Se você gosta da mistura de doce com salgado, vai enlouquecer com isso. Mais um detalhe importantíssimo: eu detesto dividir sobremesa, mas esta é bem farta e depois de me encher de batatas e hambúrguer, dificilmente aguentaria comer uma sozinha.

A lista de aperitivos do Pub Escondido é bastante variada e provavelmente, se conseguir resistir à Power Potato, voltarei para provar algo novo. Quem sabe no lugar do hambúrguer coma uma saladinha?  

OBS: O Pub Escondido cobra pelo Ketchup. Péssimo! 


Pub Escondido:  Rua Aires de Saldanha, 98 - Copacabana, Rio de Janeiro.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Comuna

Em uma sexta-feira chuvosa no Rio de Janeiro, eu e meu noivo decidimos que comeríamos hambúrguer. Figurinha fácil na lista dos melhores hambúrgueres da cidade, o Comuna foi nossa escolha. Localizado em uma charmosa casa em Botafogo, que abriga uma editora, um bar e um restaurante, é um lugar para os descolados cariocas.

Chegamos um pouco depois das 19:30 e o restaurante estava lotado, deixamos os nomes na lista de espera (havia somente duas mesas na nossa frente. Não somos do tipo que espera horas para comer) e resolvemos pegar uma cerveja e subir a escada do pequeno pátio. O bar funciona da seguinte maneira: compra no caixa e pega no balcão. Não há comandas ou cartões magnéticos. É tudo prático e direto e dá um alívio enorme pensar que não há necessidade de enfrentar uma fila insuportável na hora de ir embora. 

Subindo a escada, nos deparamos com A Bolha Editora. Logo na entrada, dois gatos preguiçosos descansavam confortavelmente em grandes pufes feitos com almofadas e caixotes de plástico. Há mesinhas e cadeiras acolhedoras e perfeitas para tomarmos nossa Heineken (R$11,00) gelada. 
O espaço da editora é muito simpático, os livros são bem interessantes e o clima é bastante acolhedor. Imagino que mais tarde o lugar tenha ficado lotado, mas demos sorte, pois logo fomos chamados para o restaurante. Descemos.

Era uma noite chuvosa do "inverno" carioca e o ar-condicionado estava desligado. Estava quente do lado de dentro do restaurante, contrastando com a temperatura agradável que fazia do lado de fora. O salão é apertado e as mesas bem próximas. Sentamos ao lado de um casal e tivemos que levantar todas as vezes que um deles precisava sair da mesa. As pessoas falam alto. Basta uma mesa com o volume mais elevado, que, aos poucos, as pessoas começam a falar mais alto e, quando percebemos, estamos gritando para tentar algum tipo de comunicação. O Comuna não tem responsabilidade pela falta de educação de alguns, mas é bem barulhento. Não espere um jantar tranquilo. 
Antes do hambúrguer escolhemos uma entradinha chamada Daltin de Tapioca: cubinhos de tapioca com queijo coalho e queijo canastra; acompanha molho picante de sweet chilli (R$18,00). Gostoso. Nada imperdível ou inesquecível. O molho é realmente picante e tem um toque oriental bastante interessante. Os cubinhos de tapioca são um pouco gordurosos e falta alguma coisa que eu ainda não sei o que é. A porção é muito bem servida. Na foto parece que são poucos bolinhos, mas, não se enganem, há outros tantos em baixo. 
Não fomos ao Comuna para comermos bolinhos de tapioca! Queríamos hambúrguer. Preciso falar que a comida da qual eu mais gosto é hambúrguer e sou um pouco chata com alguns detalhes. O mais importante para mim é que o hambúrguer seja comido com as mãos, tem que ser possível o alcance de todas as camadas com uma mordida. Não gosto de hambúrguer que só dá para comer de garfo e faca e que é tão alto que não conseguimos saborear todas as camadas de uma só vez. 

Bom, vamos ao que interessa. Prestem atenção na seguinte descrição: 160g de carne com bacon, queijo gouda, salada, maionese de bacon e tiras de bacon caramelizadas. Repararam que a palavra bacon aparece TRÊS vezes? Este é o Trash Humpers (R$26,00)! Tudo isso no brioche de cacau da casa.
Maravilhoso. Suculento. Pão macio. Harmonioso. Grande. Só de pensar sinto saudades. Confesso que achei que sentiria falta de uma batatinha frita para acompanhar, mas, que me perdoem as batatinhas fritas, nem notei sua ausência. O casal colado em nós pediu a porção de chips de baroa e deixou muito mais da metade para trás. Além disso não sou muito fã de chips, prefiro batatas palito, portanto, não me arrependi  nem um pouco de ter desprezado as batatas.

Há apenas um detalhe que me incomodou: quer ketchup? Paga R$2,00 por um potinho. Sou quase viciada em ketchup e acabei achando boa a cobrança, assim, pude sentir o gosto verdadeiro do meu amado Trash Humpers. Entretanto, guardamos o molho que sobrou da entrada e experimentamos o sanduíche com ele. Delícia! 

Comuna é um lugar que costuma ficar cheio, mas não é necessário sentar no restaurante para ter acesso a essa maravilha de hambúrguer. Os sanduíches vêm embalados em  papel, assim, muita gente acaba comendo do lado de fora e até na rua, pois você entra e sai livremente de lá. 
  Bom, com a desculpa que iria começar a escrever este blog, decidimos provar mais um sanduíche.
Entretanto, dessa vez, dividimos. Confesso que não gostei. Achei o maxixe muito forte, a pimenta, para o meu gosto, estava exagerada (reparem na foto os pontinhos vermelhos) e o queijo coalho quase nulo nessa mistureba toda. O pão de baroa é bem gostoso. Não comeria o Da Terrinha novamente. 
Mas não é só de hambúrgueres e cervejas que é feito o cardápio do Comuna. Há drinks, sobremesas, mais hambúrgueres e outros tipos de sanduíches. As pessoas que trabalham lá são muito educadas e simpáticas. Fomos super bem atendidos e certamente voltarei para experimentar outras comidinhas. Vou tentar. O Trash Humpers me conquistou e não sei se conseguirei comer outra coisa.  

Comuna: R. Sorocaba, 585 - Botafogo, Rio de Janeiro