sábado, 12 de dezembro de 2015

Caverna

O Caverna estava há muito tempo na lista de hambúrgueres que eu gostaria de provar. Fomos em um sábado, às 9 horas da noite. Havia fila de espera e, embora normalmente me recuse a esperar por mais de vinte minutos por uma mesa, resolvemos ficar. A curiosidade foi maior. 

Uma hora e meia depois, entramos e sentamos em um charmoso balcão compartilhado. Eu estava faminta, cansada de esperar e só queria comer de uma vez. Éramos três pessoas e fizemos nossos pedidos ao mesmo tempo. Na verdade, eu não estava presente na hora dos pedidos, mas não tinha erro, pois só havia dois tipos de hambúrguer: um vegano e outro com carne.


Não me perguntem o porquê de estar escrito "specials", "vegan" e "meat". Eu acho cafona e sem sentido, mas... Enquanto esperávamos, vi que muita gente em volta pedia outras coisinhas diferentes. O cardápio do Caverna é bem variado e as comidinhas parecem gostosas. Há várias opções para quem não é de carne vermelha e outras quem não come nenhum tipo de carne.


Como estávamos ali para comer hambúrguer, escolhemos o que não é vegano (R$30,00) e a porção de fritas caverna (R$8,00). Antes de nossa comida chegar, vagou uma mesa e ficamos mais confortáveis. O lugar é bem charmoso, a trilha sonora é ótima e os garçons e garçonetes fazem o possível para atender tanta gente.


Esperamos um pouco e chegou um hambúrguer com batatas. Eu comecei a comer bem devagar e nada dos outros sanduíches chegarem. Falamos duas vezes com os garçons e a resposta foi que a casa estava muito cheia. Bom, se um lugar recebe um número determinado de pessoas, deve estar preparado para atender tal número. Estar lotado não pode ser desculpa para um atendimento ruim. Terminei meu hambúrguer e minhas batatas e só então chegaram os outros dois pedidos.

Bom, falemos sobre a comida.


Hambúrguer gostoso. O molho bem saboroso, carne suculenta e pão macio. Sinceramente, nada de especial. Achei bem caro para o que é. Certamente já comi melhores.


Comer sozinha com duas pessoas esperando seus hambúrgueres não ajudou muito. Como não estava presente quando o pedido foi feito, não sabia que não vinha apenas batata inglesa frita na minha cestinha. Havia também aipim, batata doce e batata baroa. Gostoso, mas prefiro o tradicional. O aipim veio com fiapos e não sou muito fã de batata doce. Definitivamente o hambúrguer com o acompanhamento não valem os R$38,00. 

Não quis nem provar a sobremesa por dois motivos: pelo preço (R$25,00 por um bolo é muito caro!) e pela possibilidade de ter que esperar muito. Afinal, acreditei na palavra do garçom que disse que a casa não estava dando conta de todos os clientes. 

O Caverna é legal e acho que as outras opções de comida podem ser gostosas, mas não é um lugar no qual quero voltar ansiosamente. Não detestei, mas não adorei. Achei pretensioso, muito pretensioso. Se me chamarem para ir, irei na boa, mas não por uma opção minha. Prefiro conhecer lugares novos ou voltar a outros que realmente valem a pena. 


Caverna: Rua Assis Bueno, 26 - Botafogo, Rio de Janeiro   

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Gaia Art & Cafe

Há muito tempo gostaria de escrever sobre café da manhã, mas sem cair na mesmice, no lugar comum. Andava sem criatividade, sem saber onde fazer uma primeira refeição do dia digna de uma postagem. Até que, em um domingo ensolarado, conheci o Gaia Art & Cafe. 


Em um lugar muito agradável e sossegado, no Leme, fui surpreendida por um cardápio saudável e apetitoso. Sim, eu que sou fã de bacon e hambúrguer, mas também gosto de comidinhas saudáveis e sou bem chegada a uma frutinha. 


Em termos de frutas, banana é uma palavra mágica para mim. Ainda mais quando combinada com tapioca e queijo. Adoro a mistura de doce com salgado! Escolhi, portanto, a primeira opção. Para acompanhar, um suco de maracujá com melancia (R$ 8,00).


Uma delícia!!! E ainda vem com mel. A banana é consistente e todos os ingredientes estão generosamente presentes, mas de uma maneira equilibrada. A hortelã apareceu só no final, passa quase desapercebida, mas dá um toque especial. Eu amei. Comeria dois! Só que é grande e, apesar da fome depois de uma caminhada, não aguentaria o repeteco. 


O suco de melancia com maracujá é uma mistura muito interessante e leve. Vale tentar fazer em casa. Muito bom! 

Meu noivo e companheiro de comilanças por aí escolheu o queijo quente. Obviamente, dei uma mordidinha e achei uma delícia também. Não é enjoativo e o tamanho é ótimo. Ainda assim, prefiro minha tapioca com banana, queijo e mel.


Reparem como a quantidade de queijo é generosa. O pão é muito gostoso e fofinho. Também é uma ótima opção. Para beber, ele escolheu um chá verde com laranja e gengibre (R$7,00). Muito saboroso.


Apesar das barrigas cheias, ainda havia espaço para novos sabores. Eu gosto de finalizar a primeira refeição do dia com um bom e velho cafezinho. Escolhi o Café da Roça (R$ 4,50). Olhem que charme!


Café gostoso de verdade. E olhem como a louça é uma graça. A bebida fica até mais gostosa assim. Amei. Também tem descafeinado (para mim não é café), chocolate quente com menta, cappuccino, café com leite e outras coisinhas gostosas.  

Meu noivo quis um suco de blueberry com pera (R$8,50). Olhem essa cor! 


Maravilhoso! Consistente, suco grosso e da fruta mesmo. Acho que gostei mais desse do que do meu de melancia com maracujá. Não sei. Só sei que dá vontade de experimentar todos os sabores. 

Tudo no Gaia Art & Cafe é bastante charmoso. Comemos ao som de uma trilha sonora muito agradável e no volume correto. A decoração é informal e foi feita pelas próprias donas, que são extremamente simpáticas. 


O restaurante abre no almoço e à noite (não sei se todas) têm pequenos shows intimistas no local. Domingo era dia de feijoada vegetariana e moqueca de banana da terra. Mas o cardápio do Gaia é bem variado, com saladas, pizzas, sanduíches e sobremesas. Tudo orgânico e saudável. Certamente voltarei para experimentar uma comidinha e ouvir um jazz. 

Além disso, eles vendem produtos orgânicos. Uma tentação! 


Garanto que quando provar outras delícias do Gaia Art & Cafe, volto para contar.  


Gaia Art & Cafe: Rua Gustavo Sampaio, 323 - Leme, Rio de Janeiro

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A Napoletana

Há muitos e muitos meses estive com meu noivo em uma pequena pizzaria ao lado do cinema Roxy, em Copacabana. Estávamos com fome, tínhamos tempo e queríamos uma novidade. Fomos muito bem atendidos pelo dono do lugar, um simpático e jovem italiano que nos contou que é de Nápoles e que queria trazer para o Rio de Janeiro a ideia de pizzaria presente em sua cidade natal, ou seja, uma coisa descomplicada e rápida. 

Ficamos encantados com o lugar e principalmente com a comida. Voltamos há poucas semanas. 

A Napoletana continua como era antes: simples e com atendentes educados e cordiais. Se você procura o tradicional, não vai encontrar um restaurante com cadeiras confortáveis e amplas mesas para ficar batendo papo. A ideia original permanece e talvez isso seja um empecilho para alguns. 


A pizzaria está localizada na Rua Bolívar, ao lado de um grande cinema e em uma das ruas que liga a Avenida Atlântica à Avenida Nossa Senhora de Copacabana, sendo, portanto, bastante movimentada. Como as mesas ficam na calçada, muitas pessoas passam por ali, mas eu, sinceramente, acho que isso é o de menos. Como resistir a toalhas quadriculadas? Acho um charme. 



A simplicidade charmosa do local, entretanto, esconde a sofisticação e  a variedade do cardápio. São muitas opções, com preços que variam entre R$ 32,00 e R$ 45,00. E há opções para vegetarianos e veganos! 


  
Não conseguimos no lembrar do sabor que havíamos pedido na primeira vez em que lá estivemos, por isso, optamos por um sabor fora dos padrões : Carbonara (R$ 40,00). 



Mussarela, bacon enrolado "Pancetta", pimenta do reino, queijo "Pecorino" e ovo em cima de uma massa MA-RA-VI-LHO-SA e quentinha. São oito bons pedaços e duas pessoas comem muito bem uma pizza. Para os mais famintos, como nosso vizinho de mesa, talvez uma pizza dê para uma pessoa. Não há talheres, a ideia é comer com as mãos. 

A pizza estava ótima, só faltou um vinho para acompanhar, mas, infelizmente, os vinhos tinham acabado. Mas se você já comeu um verdadeiro Fettuccine à Carbonara, vai perceber que todos os ingredientes estão ali e feitos da mesma maneira, inclusive os ovos, que NÃO são mexidos.  

Entretanto, eu senti falta do molho de tomate que havia me encantado na primeira vez em que estive na Napoletana e, como descrito anteriormente, o sabor escolhido não vem com o molho de tomate. Eu não ia sair de lá completamente feliz sem comer o molho delicioso.

Eis que me lembrei dos calzones! Eles estão lá dentro, em uma vitrine e são lindos. E deliciosos. E leves. 


Optamos pelo de quatro queijos (R$20,00) e resolvemos dividir. Não somos de dividir o que não é para duas pessoas, mas como havíamos comido a pizza, fomos mais sensatos do que gulosos. É um calzone de tamanho generoso.


ES-PE-TA-CU-LAR! O molho de tomate ainda continua mágico e maravilhoso. Molho caseiro, bem temperado e saborosíssimo.

Não comemos sobremesa. Não temos capacidade para tanto.

Agora, se você estiver no clima de comer uma pizza cheia de condimentos e mais pesada, não vá ao Napoletana. A massa é fina, mas consistente (não parece biscoito) e o recheio é na medida. Até o calzone é leve, bem diferente desses que achamos em algumas pizzarias brasileiras. 

Se você não quiser ficar sentado ou sentada em mesas na calçada, tem duas opções: pedir para viagem ou para entregar na sua casa. Não posso falar se a pizza chega gostosa como quando comemos lá. Infelizmente, no dia em que pedi, a máquina de cartão estava sendo usada por um entregador e eu acabei desistindo... Mas é isso. A Napoletana tem as dores e as delícias de ser um lugar pequeno, com clima familiar. 


Mas, sinceramente, vale a pena dar um pulo na Bolívar para provar uma pizza como eu nunca havia comido no Rio: genuinamente napolitana. Certamente voltarei muitas vezes. 



A Napoletana: Rua Bolivar, 45 loja A - Copacabana

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Botero em Pé

No primeiro semestre de 2015, abriu em Copacabana o Botero em Pé e desde então tenho visto fotografias maravilhosas das comidas de lá.  Foi em um domingo preguiçoso que finalmente convenci meu noivo de irmos ao Botero em Pé. Ruas vazias, lojas fechadas e em meio ao estranho silêncio de uma Copacabana de domingo, nos deparamos com a simpática entrada. 


O nome do lugar já nos dá pistas da ideia do Botero em Pé, ou seja, este não é um restaurante para as pessoas sentarem e ficarem conversando. As comidas e bebidas são pedidas no balcão e pagas ali mesmo, como em um fast food. Há a versão restaurante em Laranjeiras, o "pai" do Botero em Pé chama-se Botero, mas eu ainda não conheço. 


Prático e direto, sem necessidade de maiores explicações, o cardápio diz tudo o que precisamos saber. O problema maior é escolher dentre as apetitosas opções. Resolvi começar pelo mate da casa, pois fiquei curiosíssima com a amostra presente no balcão. Adoro canela. 


Optei pelo de 500 ml e acho que foi a melhor escolha, pois ele esteve presente por toda a minha refeição. É uma delícia. Talvez um pouquinho doce, mas bem gostoso. Certamente será minha escolha na próxima vez que for ao Botero. 

Enquanto esperávamos os sanduíches, fui dar uma olhada no lugar. É bem pequeno e não possui muitos assentos. Os clientes podem optar por balcão ou mesa, mas não há cadeiras, apenas bancos. A ideia é comer e sair, não é ficar sentado conversando. Entretanto, a decoração não deixa de ser caprichada, com direito a cartazes divertidos colados nas paredes, que lembram os antigos lambe-lambes. O Botero em Pé é confortável dentro de sua proposta. Além disso, o simpático logotipo retirado de uma das pinturas do artista que dá nome ao lugar dá o toque final. 



Bom, vamos ao que realmente nos interessa: a comida. Optamos pelo Botero Burguer e pelo Botero Dog. Para acompanhar, fritas rústicas (as batatas fritas da moda).


Só me arrependi de ter pedido apenas uma porção de batata para nós dois. Pode parecer exagero, mas nunca comi batatas fritas tão gostosas. Espetaculares! Sal na medida exata, alecrim sem excessos e um molho que é uma espécie de barbecue chinês, com um toque de amendoim, bastante interessante. Quase não comi com molho, preferi as batatas puras. Mágicas! Se você gosta de ketchup e mostarda, o Botero em Pé não é como outros lugares que cobram por isso. Está tudo ali, para você comer o quanto quiser. Ainda bem!

Os sanduíches chegaram pouco tempo depois da batata e não decepcionaram.

Se você não é de cebola, talvez esteja fazendo uma careta horrorosa neste momento. Não sei se o hambúrguer ficaria bom sem ela. Mas, se, como eu, você gosta dessa delícia da natureza, vai amar o sanduíche. Tudo combina. A carne é muito macia, o pão aguenta a responsabilidade de um recheio suculento e molhadinho e dá para comer com as mãos!


Aliás, não há talheres. Não tem nada de louça no Botero em Pé, o pratinho vermelho que você vê na foto é de plástico, o mate e as batatas vêm em copinhos de papelão e o molho da batata no copinho de café. Há guardanapos à vontade, afinal, é inevitável sujar as mãos enquanto comemos um hambúrguer desse tamanho e fartamente recheado.

Para quem é de pimenta, o Botero em Pé oferece, ao alcance das mãos, um molho que, segundo meu noivo é bem gostoso. Eu não sou de pimenta, portanto, não posso dar meu parecer.


A chegada do cachorro-quente foi um susto. Uma boa surpresa, pois não esperávamos que fosse tão transbordante. Ele vem com bastante queijo e cebola. A linguiça artesanal é uma delícia e tudo se encaixa perfeitamente. Para quem quer variar um pouco e sair do hambúrguer, esta é uma ótima opção. 


Sinceramente, para mim, o ponto forte do Botero em Pé é a batata. Eu comeria um balde daquelas delícias. Além disso, implico com lugares que cobram por ketchup e mostarda e o Botero em Pé não segue isso. Está tudo ali para os clientes consumirem. Muitos pontos a favor!

Não sei como fica a vida de quem não gosta de cebola, pois ela está presente em todas as opções. Eu, felizmente, não tenho esse problema e me deliciei com a compota. 

Fomos ao Botero em Pé em um momento de pouquíssimo movimento e o atendimento foi competente. Não tenho nenhum comentário negativo sobre isso. 

Certamente voltarei lá para comer SOZINHA as minhas batatinhas e experimentar uma das outras opções.    



Botero em Pé: Av. Nossa Senhora de Copacabana, 1313 - Copacabana. Rio de Janeiro

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Adelos

Logo de cara, preciso me desculpar pela extensão desta postagem, mas precisamos falar sobre o Centro do Rio de Janeiro. Vários cariocas e alguns turistas se esquecem dessa parte de nossa cidade e perdem a oportunidade de conhecer a história do Rio e do Brasil. Muitos só vão lá com o objetivo de comprar produtos mais em conta e outros tantos trabalham naquela região. Só peço uma coisa quando vocês forem trabalhar ou gastar dinheiro por ali: olhem para cima. Vejam que lindas são as construções antigas ali presentes, que se mesclam com edifícios modernos. Façam como fariam se estivessem em uma cidade desconhecida. 


Se você veio ao Rio a passeio não esqueça que a cidade é muito mais do que praia, Pão de Açúcar e Cristo Redentor! 

Cada esquina ali surpreende nos detalhes e na grandiosidade de tudo. Tenham o olhar de turista e prestem atenção nas preciosidades que o Centro do Rio de Janeiro possui. Parte da história do país está ali e já não deveria ser verdade aquela máxima que diz que brasileiro não tem memória. 



Foi em um sábado chuvoso, passeando por um Centro vazio, que conheci o Adelos. Localizado na Rua do Mercado, em um casarão construído em 1893, o restaurante possui um grande salão além de mesas do lado de fora. O piso de ladrilho hidráulico e os arcos e janelas compõem um cenário charmosíssimo para almoçar ou beliscar umas gostosuras.




A ideia inicial era comer um prato, mas, quando vimos o garçom passando com espetos, resolvemos começar pelo pão de alho (R$3,70) e pela linguiça de pernil (R$4,00). Há também a opção de linguiça de frango (R$4,00). Não é à toa que são chamados de "Boas Vindas" no farto cardápio do Adelos. Quentinhos. Saborosos. Deliciosos. Ótima primeira impressão. 

 

É no cardápio que encontramos um pouco da história do lugar: "O Beco dos Adelos, no tempo do Brasil Colônia, era um ponto de concentração dos vendedores de roupas usadas e outras mercadorias de segunda mão - os adelos, na linguagem clássica portuguesa. Situado entre as ruas do Mercado e Visconde de Itaboraí, o Beco dos Adelos, desde 1783, passou a ser denominado Travessa do Tinoco." Não é incrível? 

Incrível também é a variedade de opções de comidinhas para os clientes escolherem: galetos, carnes, peixes, saladas e sobremesas. Reparem como são simpáticos os títulos que separam as categorias de comida.


Repararam que sábado é dia de feijoada? Ainda conto outra: sábado é dia de roda de chorinho no Adelos. O grupo Beliscando se apresenta a partir de 13 horas e vai até às 17 horas. Detalhe: não existe couvert artístico, apenas passam o chapéu e você contribui se puder e quiser. A música é super agradável, no volume certo para as pessoas conversarem sem esforço. 

Voltemos às comidas. Desistimos de comer um prato, apesar de parecerem apetitosos, quando vimos as opções de beliscos, principalmente os bolinhos.


Adoro bolinho de feijoada e como ele pode variar de acordo com o lugar em que é feito. Dizem que existe o original, mas ainda não provei. Pedimos, portanto, o Trio Adelos (R$ 30,00): 2 bolinhos de bacalhau, 2 bolinhos de feijoada e 2 bolinhos de costela arretada, que é costela com requeijão. Entretanto, a palavra bolinho é apenas uma convenção, uma maneira delicada de chamá-los, pois de "inho" eles não têm nada!

Costela Arretada, Feijoada e Bacalhau

Reparem como são bem sequinhos. Não brilham, não são gordurosos e têm uma casquinha crocante. Acho que as fotos dizem mais do que qualquer coisa que eu escreva, mas tentarei  descrever um pouquinho.

Comecemos com o de costela.

Cremosíssimo. Bem recheado e leve. Uma delícia. Casquinha muito crocante.

E o de bacalhau?


É bacalhau mesmo! Não é bolinho de batata com o bacalhau passando lá longe. Dos três é o menor, mas nem por isso é pequeno. Maravilhoso. Bolinho de bacalhau sem enrolação.

Agora o de feijoada.


Gostoso, mas esperava mais. Achei o recheio um pouco massudo. Já comi melhores, mas a casquinha é ótima. Acho que poderia ter mais linguiça e a couve ser picadinha. Não é ruim, mas não achei ótimo. 

Além da variedade de comida, o Adelos conta com uma extensa carta de cervejas especiais que se juntam às cervejas mais conhecidas, às cachaças, às batidas, às caipivodkas, aos vinhos e às caipirinhas. Uma pena fechar às 17 horas. 

   
Entretanto, mesmo com todas as opções de cerveja, resolvemos optar por uma caipivodka de limão com caju (16,50) e uma batida de gengibre (R$9,80). Não resisto à palavra caju na descrição de uma caipivodka. 

Achei as duas, ao primeiro gole, um pouco fortes, mas, à medida que o gelo vai derretendo, elas ficam mais gostosas. A mistura de caju com limão é sensacional. A de gengibre é bem diferente de qualquer batida que eu tenha experimentado. Se você pensa em leite condensado quando pensa em batida, esqueça. Se tem leite condensado nessa, eu não senti. É diferente de um jeito interessante. Gostei.  

Para acompanhar nossas bebidas e fechar a tarde com chave de ouro, escolhemos o pastel de provolone com cebola (R$6,20). Ter comido o pão com linguiça e mais os três bolinhos já me deixou bastante satisfeita, mas confesso que estava de olho nesse pastel desde o primeiro momento em que li o cardápio.



Ma-ra-vi-lho-so! Super recheado, com uma massa bem sequinha e crocante. Reparem na foto como não há um pingo de gordura. Fácil de comer, pois não fica recheio escorrendo e queimando sua mão. Amei! Há muito tempo não comia um pastel tão bom.   


Eu me esqueci de um detalhe do Adelos: o atendimento. São muitos garçons, assim, mesmo com um grande número de mesas, fomos muito bem atendidos. Todos educados e gentis, apesar de termos mudado de lugar algumas vezes por causa da chuva que ia e voltava. 

Certamente o Centro do Rio de Janeiro reserva outras muitas surpresas em suas ruas históricas. Vale um passeio  atento e curioso, afinal, é a nossa história. 


OBS: Houve um acidente na cozinha do Adelos e, infelizmente, o restaurante deve ficar fechado por alguns meses.

Adelos: Rua do Mercado, 51 - Centro, Rio de Janeiro